Muitas vezes desvalorizada e, por isso, diagnosticada tardiamente, a Doença Venosa Crónica pode afetar a qualidade de vida dos doentes, sendo o seu tratamento adequado e atempado é essencial. Um número significativo de pessoas desvaloriza a Doença Venosa Crónica (DVC) e os seus sintomas numa fase inicial. Esta patologia afeta as paredes e válvulas das veias das pernas e dificulta a circulação do sangue para o coração.
Os primeiros sinais de DVC são a sensação de pernas pesadas, cansadas e com dor, que agravam com o calor e com a posição de pé. São queixas que limitam tarefas simples do dia-a-dia, que se veem agravadas com a chegada dos meses mais quentes.
Em Portugal, a DVC afeta 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos, sendo preocupante que uma grande maioria das pessoas afetadas não procure ajuda médica. É muitas vezes diagnosticada tardiamente, o que pode afetar a qualidade de vida dos doentes, com um impacto social e económico significativo.
Margarida Santos, médica de Medicina Geral e Familiar, salienta que “é fundamental saber reconhecer como se manifesta a doença venosa crónica. As queixas iniciais são muitas vezes desvalorizadas assumindo que é normal com a idade ou a chegada do tempo quente. Mas pode não ser e por isso recomendo, à mínima suspeita, procurar um profissional de saúde”.
Conheça aqui 7 sintomas da Doença Venosa Crónica que não podem ser ignorados:
1. Pernas cansadas;
2. Dor nas pernas;
3. Pernas e tornozelos inchados;
4. Comichão;
5. Dormência nas pernas;
6. câimbras noturnas;
7. Sensação de pernas pesadas.
Os doentes devem recorrer à ajuda médica ou farmacêutica sempre que suspeitem que estão perante uma situação de DVC. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e mais cedo se começar a tratar a doença, melhor será o seu prognóstico de evolução. O diagnóstico é simples, podendo serem investigados aspetos relacionados com a doença numa consulta médica.
O tratamento depende da presença e gravidade dos sintomas e deve ser adaptado caso a caso, podendo incluir medicamentos venoativos, compressão elástica, bem como intervenções cirúrgicas.